"Ia começar o post com um verbo que não gosto nada de conjugar: detestar.
Mas a verdade é que não encontro outra que defina tão bem o meu estado
de espírito face a pessoas que têm tudo (mesmo TUDO) na vida e passam
essa vida a queixar-se do TUDO que têm. Não tenho paciência, fico verde
por não poder dizer nada e a verdade é que isto me deixa desiludida. Com
a natureza humana, acima de tudo e com a postura de desdém e banalidade
com que as pessoas olham para as coisas boas que têm, sempre ávidas de
ter aquilo que não têm*.
As pessoas (muitas, pelo menos) continuam a achar que só vão ser
felizes quando tiverem aquilo que não têm e que todas as queixas ao
infinito as vão ajudando a fazer uma espécie de purga diária (nos
ouvidos dos outros). Não lhes importa minimamente que tenham saúde,
trabalho, família, amigos, filhos, casa, comida e um conjunto de coisas
simples que tantos não têm e lutam por ter. O que importa é o que não
têm.
As pessoas esquecem-se de agradecer o que de bom têm na vida e isso, em
dias como os de hoje, sem paciência nenhuma para gente ingrata,
cansa-me.
* - que
é muito diferente de ter sonhos e de lutar todos os dias para melhorar a
vida, para alcançar objectivos, para concretizar planos, para ir mais
além e para, sendo fiéis à nossa essência, não nos conformarmos com
aquilo que somos face ao que ainda podemos vir a ser."
É a verdade pura e dura! Eu também reclamo mas também tenho o consciência de que tenho tudo o que preciso para ser feliz.
Se gostava de ter mais? Claro que sim! Mas mexo-me para isso ou penso que nem sequer devia estar a reclamar de algo que não faço nada para alcançar...
Sem comentários:
Enviar um comentário